quinta-feira, 25 de março de 2010

Bolt - Supercão



Sim, a atrasada aqui só assistiu o super cãozinho agora, séculos depois do lançamento!

O filme é uma graça, muito divertido. Basicamente Bolt é um astro de um seriado de tv, onde interpreta um cão com super poderes que tem que defender sua dona, Penny, das artimanhas do "homem de olhos verdes" e seus capangas, os gatos.

A equipe da tv faz de tudo para que Bolt acredite que tem realmente super poderes e que Penny está constantemente em perigo para que a atuação de Bolt seja mais verossímil e Bolt acredita com cada pelinho de seu corpo que seus super poderes manterão a "sua humana" protegida de todos os perigos. Os problemas começam quando os roteiristas resolvem dar mais emoção ao seriado e fazem Bolt acreditar que Penny foi raptada, o cão então foge do estúdio para tentar salvar a garota.

Acontece que lá fora seus super poderes não funcionam, Bolt descobre que sua visão não derrete metal, seu latido não provoca terremotos, seus reflexos não são tão ágeis e a comida não está sempre disponível em um saquinho!

Observando o filme, infantil e inocente, com um olhar mais crítico e profissional de quem trabalha com cães todos os dias, consigo ver muito de Bolt em quase todos os meus clientes. Não, eles não acreditam que são super heróis, mas quase... Assisti a este filme como uma grande metáfora do que nós seres humanos estamos fazendo com nossos animais de estimação. O filme retrata isto de maneira muito clara e lúcida.

Bolt não sabe como ser um cão. Ele é criado para ser "super", suprir as necessidades dos humanos à sua volta. Antes de sair do estúdio e conhecer a gata Mittens ele é um cão triste e frustrado, vivendo em uma ilusão de que sua vidinha canina é plena. Mittens - que como um bom gato é independente e muito esperta - o ensina as coisas simples da vida de cão, como enterrar um osso e correr atrás de um graveto, além de fazê-lo "cair na real" mostrando que ser um cão, de verdade é muito bom!

Assitir Bolt - Supercão pode ser um ótimo exercício de reflexão para nós que amamos cachorros. Estes seres precisam de amor, carinho, comida - e também exercício, pulso e equilíbrio! Temos a responsabilidade de fazê-los mais felizes e equilibrados, afinal somos os "seus humanos".


quinta-feira, 18 de março de 2010

Tosar ou não tosar? Eis a questão....

Olá cachorreiros!

Estamos no mês de março, uma época em que as temperaturas enlouquecem, baixando e subindo toda a hora, variando muitos graus por dia... Então surge a dúvida: Toso ou não toso meu cãozinho?

Se eu optar por tosar ele pode passar frio, se eu optar não tosar ele pode quase morrer de calor... Ó dúvida cruel...

Se me permitirem uma sugestão eu optaria por tosar (Srta. Pig, a poodle da família que o diga). Não precisa zerar o pêlo nem radicalizar, mas uma boa tosa sempre cai bem, pois em caso de frio você pode vestir seu cãozinho com um modelito bem fashion sem preocupação com os famosos nós que se formam quando o pêlo está muito comprido.

Então... Ligue para o pet shop e leve seu amigão para um bom corte nos pelinhos! Além de sentir-se mais refrescado nos dias quentes a pelagem já vai ficando mais parelha, forte e saudável para o inverno que (estou torcendo muito pra isso) vai chegar em breve!

Beijos


terça-feira, 9 de março de 2010

Prozac canino??? Menos né gente...

Aviso aos leitores, este post será polêmico e alguns podem deixar de acompanhar este blog, mas gente... Eu preciso dar a minha opinião mais que sincera...

Há tempos que vejo cães sendo tratados com fluoxetina ou fitoterápicos a base de triptofano. Mas ao ler este post no SuperBlog, blog sobre curiosidades da revista SuperInteressante voltei a pensar em como nós, seres humanos, racionais e desenvolvidos, influenciamos a vida desses seres peludos que convidamos a viver conosco e depois criamos mecanismos para corrigir comportamentos que nós incutimos neles.

Ansiedade pela separação é um disturbio comportamental estudado e documentado que acomete muitos cães. É esse distúrbio que o Reconcile, (a tal versão canina do Prozac) procura tratar. Até aí tudo lindo, mas acompanhe meu raciocínio...

Todos sabemos que cães descendem dos lobos e que em seu registro ancestral eles necessitam de longas caminhadas com sua matilha atrás de alimento e blá blá blá...

Agora pense na vida de um moderno cão de companhia:

  • Em geral ele vive em um apartamento, onde não pode correr, brincar e gastar energia;
  • O mais próximo de caça em sua vida é uma bolinha de tênis;
  • A comida chega de um saquinho para o seu prato, mesmo que ele não aja de acordo com as regras impostas pelo líder (você ser humano!);
  • Passa a maior parte do dia sozinho, sem qualquer interação com outros seres (cães são seres sociais...);
  • seu momento de passeio limita-se (na maior parte dos casos) em quinze minutos para fazer as necessidades e dar uma volta na quadra...
Parece óbvio que esta é a receita de um cão frustrado, não parece?

Mas então tu Gabriela está fazendo apologia a não ter cachorro?? Absolutamente NÃO!!!!

Apenas estou querendo que você que está pensando em ter um cão reflita antes de gastar R$800,00 em um lindo Shih tzu apenas porque ele pareceu fofíssimo na vitrine do Pet Shop. Lembre que ele é um ser totalmente dependente de você, que precisa passear, ser alimentado e, pricipalmente, precisa de CARINHO e LIMITES!

E você, proprietário de cão, atente para a responsabilidade de convidar um ser para participar de sua vida. Óbvio que o cão tem que se adaptar ao seu estilo, mas ele não pediu para ter você como dono, então ceder um pouquinho vai melhorar muita coisa...

Tenho certeza que refletindo sobre a sua relação com seu cão e procurando torná-la mais equilibrada ele não precisará do reconcile (e talvez as vendas do Prozac caiam consideravelmente...)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Voltando das férias...

Bem pessoas... Ano finalmente "começando" e aqui estou eu de novo! Agora com a volta à rotina pretendo trazer ao menos uma novidade por semana aqui no Conversa para cão dormir!

Como primeiro post depois das férias quero falar sobre retorno...

Se você foi um dos felizardos que pôde passar um tempinho na praia, ou se seu cãozinho tirou férias com os "avós" na praia, já deve ter percebido que eles demoram a retornar para a rotina. Muitos sairam da dieta, ganhando petiscos, comida humana (gente tive um caso aqui na pet de dois poodles que ganhavam um bombom da vovó durante as férias inteiras!) sendo muito comum uma "greve de fome" no retorno...

Outros podem ficar "deprimidos" por retornarem à cidade, aos apartamentos e ao convívio dos donos durante todo o dia... O que fazer??

É complicado dar uma "fórmula mágica" afinal, cada caso é um caso e só posso falar das minhas experiências e das de meus clientes... Mas o que não falha nunca é: Procurar auxílio de um veterinário e mantêr a calma e tranquilidade.

Seu cachorro está sem comer desde que voltou da praia? Só quer saber de lasanha e carreteiro? Seja firme... Volte a introduzir o alimento de costume, se necessário misture alimento em pasta, ou um molho de carne e acredite: Quando tiver fome ele irá comer!

Como protesto ele está destruindo seu sofá? Mostre para ele que este não é um comportamento aceitável e se estiver com dificuldades procure seu veterinário de confiança. Ele é experiente, conhece seu cão e terá ótimas dicas, talvez possa até receitar um floral ou um fitoterápico para auxiliar nesta transição.

Não esqueça, seu cão precisa se sentir seguro e saber que a vida está "voltando ao normal". Em breve ele estará novamente adaptado ao seu ritmo de atividades.